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Fantasia Prévias

A Ruína de um Reino: tudo sobre a pré-venda + leia o primeiro capítulo!

Escrito por Alexandra Christo, o livro é uma releitura sombria de A Pequena Sereia e é um best-seller internacional.

Se você ainda não conhece a história, A ruína de um reino (título original: To Kill a Kingdom) conta a história da princesa Lira, uma ninfa do mar, amaldiçoada a se tornar humana após cometer um erro que enfurece sua mãe, a Rainha do Mar. Quando ela se alia ao charmoso príncipe Elian, as coisas saem um pouco de controle — afinal, ele é um caçador de ninfas.

A edição da Literalize tem 464 páginas impressas em papel amarelado, guardas coloridas e capa dura. O lançamento oficial é em 10 de novembro de 2022. Continue lendo este post para saber mais detalhes sobre a edição, os brindes da pré-venda e ler o primeiro capítulo do livro!

Tradução de Mariana C. Dias. Preparação de Wélida Muniz. Revisão de João Rodrigues. Projeto gráfico e diagramação de Carolina Ruwer e Auracebio Pereira. A capa é uma adaptação do projeto original de Liz Dresner.

Leia a sinopse completa:

PRINCESA LIRA é uma das ninfas mais letais de todas. Com dezessete corações de príncipes humanos em sua coleção, ela é admirada em todo o oceano até que uma reviravolta do destino a obriga a matar uma sereia. Enfurecida, a Rainha do Mar transforma Lira na pior criatura possível: uma humana. Agora, sem sua Canção, Lira tem até o solstício de inverno para entregar o coração do Príncipe Elian à Rainha ou permanecerá humana para sempre.

PRÍNCIPE ELIAN é o herdeiro do reino mais poderoso do mundo, mas o oceano é o seu verdadeiro lar e caçar ninfas é sua vocação. Quando ele resgata uma mulher misteriosa de um afogamento em alto-mar, ela promete ajudá-lo a encontrar um objeto capaz de destruir as ninfas de uma vez por todas… Mas será que ele deve confiar nela?

O lançamento oficial do livro é em 10 de novembro de 2022, e a pré-venda já está aberta! Conheça os brindes exclusivos da nossa campanha de pré-venda e lançamento:

Marcador com tassel

O marcador com tassel, item queridinho das nossas pré-vendas, está de volta! Dessa vez, com a arte da capa de A Ruína de um Reino e com pingente azul-claro. O marcador tem 5x18cm, com impressão dos dois lados.

Pôster de tecido

Ilustrações de Eduarda Oliveira.

Atendendo a pedidos, decidimos trazer de volta outro brinde queridinho de vocês: o pôster de tecido! Com ilustrações exclusivas feita pela artista brasileira Eduarda Oliveira (conheçam o trabalho dela como @arda.arts no Instagram), o pôster tem aproximadamente 30 x 42 cm e, por ser feito de tecido, não estraga, é lavável e, se amassar, é só passar. A ilustração retrata os nossos protagonistas, Lira e Elian.

Cards dos personagens

Ilustrações de Eduarda Oliveira.

E, por último, cards exclusivos! As ilustrações também são assinadas pela artista Eduarda Oliveira e retratam nossos protagonistas, Lira e Elian. Cada card tem 14,8 x 10,5 cm.

Confira mais alguns detalhes da edição:

Detalhe interno: folhas de guarda.
Detalhe interno: aberturas de capítulo.


Reserve o seu exemplar:

Site oficial da Literalize

Frete grátis para todo o Brasil.

Desconto na pré-venda!

Pague por Pix, Boleto ou Cartão em até 10x sem juros.

Brindes exclusivos da pré-venda: marcador com tassel e pôster de tecido e cards dos personagens.

Amazon

Disponível em breve.


Ainda não se convenceu? Leia as primeiras páginas do livro:

UM

Eu tenho um coração para cada ano em que estive viva.

Há dezessete deles escondidos na areia do meu quarto. Muitas vezes, uso as unhas para remexer os cascalhos simplesmente para me certificar de que ainda estão lá. Enterrados bem fundo, e ensanguentados. Conto cada um deles para ter certeza de que nenhum foi roubado durante a noite. Não é um medo tão estranho assim de se ter. Corações são poder, e se existe algo que a minha espécie deseja mais do que ao oceano, é poder.

Ouvi coisas: histórias de corações perdidos e de mulheres arpoadas ao fundo do oceano como castigo por suas traições. Abandonadas para sofrer até o sangue se transformar em sal e se dissolver na espuma do mar. Essas são as mulheres que sofrem com a caçada da espécie. Sereias que são mais peixe do que pessoa, um tronco que combina com as escamas extravagantes das barbatanas.

Diferente das ninfas do mar, as sereias têm pele azul elástica e membros no lugar do cabelo, e a falta de mandíbula as permite esticar a boca ao ponto de conseguirem engolir tubarões inteiros. A pele azul-escura é salpicada de barbatanas que se espalham pelos braços e pelas costas. Peixe e pessoa, com a beleza de nenhum dos dois.

Elas podem ser letais, como todos os monstros, mas, enquanto ninfas do mar seduzem e matam, sereias continuam fascinadas pelos humanos. Roubam quinquilharias e seguem navios na esperança de que tesouros caíam do convés. Às vezes, salvam a vida de marinheiros e ganham apenas berloques em troca. E quando roubam os corações que guardamos, não o fazem por poder. Mas porque acham que se comerem corações o bastante, poderão se tornar humanas.

Eu odeio sereias.

Meu cabelo serpenteia pelas minhas costas, tão vermelho quanto o meu olho esquerdo. Só o esquerdo, obviamente, porque o olho direito de toda ninfa tem a cor do mar em que ela nasceu. No meu caso, é o grande mar de Diávolos, com suas águas cor de maçã e safira. Um pouquinho de cada, ao ponto de conseguir não ser nem um nem outro. Nesse mar, está o reino marinho de Keto.

É um fato muito conhecido que as ninfas do mar são lindas, mas a linhagem de Keto é nobre, e isso traz consigo sua própria beleza. Uma magnificência forjada em água salgada e realeza. Temos cílios nascidos de raspas de icebergs e lábios pintados com o sangue de marinheiros. É surpreendente ainda precisarmos de canções para roubar corações.

— Qual deles você vai querer, prima? — pergunta Kahlia, em psáriin.

Ela se senta ao meu lado na pedra e encara o navio ao longe. Suas escamas são de um castanho avermelhado profundo, e o cabelo louro mal alcança os seios, que estão cobertos por uma trança de alga laranja.

— Você só pode estar brincando — digo. — Sabe muito bem qual deles eu vou querer.

O navio segue preguiçosamente pelas águas calmas de Adékaros, um dos muitos reinos humanos de cujo príncipe jurei me livrar. É menor do que a maioria, feito de uma madeira carmesim que representa a cor do país.

Humanos gostam de ostentar os tesouros para o mundo, mas isso apenas os transforma em alvos para criaturas como Kahlia e eu, que conseguem identificar com facilidade um navio real. Afinal de contas, é o único da frota com a madeira pintada e a bandeira de tigre. A única embarcação na qual o príncipe de Adékaros sempre navega.

Presa fácil para aqueles que estão a fim de caçar.

O sol pesa nas minhas costas. O calor pressiona meu pescoço e faz o cabelo grudar na pele molhada. Anseio pelo gelo do mar, tão intenso e frio que mais parece uma faca gloriosa nas fendas entre os meus ossos.

— Que pena — diz Kahlia. — Quando eu o estava espionando, senti que estava olhando para um anjo. Ele tem um rosto tão bonito…

— O coração dele deve ser ainda mais bonito.

Kahlia irrompe em um sorriso selvagem.

— Faz eras que você não mata ninguém, Lira — caçoa ela. — Tem certeza de que não está enferrujada?

— Um ano não é uma era.

— Depende do ponto de vista.

Suspiro.

— Então me diga de quem é esse ponto de vista para que eu possa matar a criatura e acabar logo com essa conversa.

O sorriso de Kahlia é impiedoso. Do tipo guardado para momentos quando sou perversa, já que esse é o traço que supõem que as ninfas do mar mais valorizam. Nossa atrocidade é preciosa. Amizade e irmandade são vistas como algo tão estranho quanto terra firme. E lealdade é reservada apenas para a Rainha do Mar.

— Você está meio sem coração hoje, não é?

— Nada disso — digo. — Tenho dezessete deles debaixo da cama.

Kahlia sacode a água do cabelo.

— Tantos príncipes que você já provou…

Ela diz isso como se fosse algo de que se orgulhar, mas porque Kahlia é jovem e roubou apenas dois corações. Nenhum deles da realeza. Isso é a minha especialidade, o meu território. Parte da reverência de Kahlia por mim é por causa disso. A dúvida de se os lábios de um príncipe têm um gosto diferente do dos outros humanos. Eu não sei dizer, já que príncipes são tudo o que já provei.

Desde quando a nossa deusa, Keto, foi morta por humanos, virou costume roubar um coração todo ano no mês de nosso aniversário. É uma celebração à vida que Keto nos deu, um tributo em vingança à vida que os humanos roubaram dela. Quando eu era nova demais para caçar, minha mãe era responsável pela minha parte, em respeito à tradição. E ela sempre me dava príncipes. Alguns tão jovens quanto eu. Outros velhos e carrancudos, ou filhos do meio que nunca teriam a chance de governar. O rei de Armonía, por exemplo, uma vez teve seis filhos, e, nos meus primeiros aniversários, minha mãe trouxe um deles a cada ano.

Quando, por fim, fiquei velha o bastante para me aventurar sozinha, não me ocorreu ignorar a realeza e mirar nos marinheiros, como o resto da minha espécie faz, nem mesmo caçar príncipes que, um dia, assumiriam o trono. Sou apenas uma seguidora leal das tradições da minha mãe.

— Você trouxe a sua concha? — pergunto.

Kahlia tira o cabelo do ombro para mostrar a concha laranja presa ao redor do pescoço. Outra igualzinha, apenas alguns tons mais suja de sangue, pende da minha garganta. Não parece muita coisa, mas esse é o jeito mais fácil de nos comunicarmos. Se as segurarmos no ouvido, podemos ouvir o som do oceano e a canção do palácio subaquático de Keto que chamamos de lar. Para Kahlia, ela pode fazer as vezes de mapa do mar de Diávolos, caso nos separemos. Estamos bem longe do nosso reino, e levou quase uma semana para nadarmos até aqui. Por Kahlia ter catorze anos, ela tende a ficar perto do palácio, mas eu decidi que isso deveria mudar e, como sou a princesa, meus desejos são lei.

— Não vamos nos separar — diz Kahlia.

Normalmente, não me importaria se uma das minhas primas estivesse encalhada em um oceano desconhecido. No todo, são um grupinho entediante e previsível, com pouca ambição ou imaginação. Desde que a minha tia morreu, elas se tornaram lacaias adoradoras da minha mãe. O que é ridículo, pois a Rainha do Mar não existe apenas para ser adorada. Ela existe para ser temida.

— Lembre-se de escolher apenas um — instruo. — Não perca o foco.

Kahlia assente.

— Qual deles? — pergunta. — Ou ele vai cantar para mim quando eu estiver perto?

— Só a gente vai cantar — digo. — Vamos enfeitiçar todos eles, mas, se você puser o foco em apenas um, ele vai se apaixonar por você tão perdidamente que, mesmo enquanto você o estiver afogando, ele vai gritar apenas sobre a sua beleza.

— O feitiço costuma ser quebrado quando eles começam a morrer — comenta Kahlia.

— Só se você focar em todos eles, porque, lá no fundo, eles sabem que nenhum deles é o que o seu coração deseja. O truque é fazê-los acreditar que você os quer tanto quanto eles a querem.

— Mas eles são nojentos — diz Kahlia, apesar de parecer não acreditar nisso tanto quanto gostaria. — Como poderíamos desejar um ser desses?

— Por que você não está mais lidando apenas com marinheiros. Está lidando com a realeza. E com a realeza vem poder. Poder é sempre desejável.

— Realeza? — Kahlia fica boquiaberta. — Eu pensei que…

Suas palavras morrem. Ela pensou que os príncipes eram meus e que eu não os compartilhava. Isso não era mentira, mas, onde havia príncipes, havia reis e rainhas, e eu nunca tive muito interesse em nenhum desses dois. Governantes são facilmente depostos. São os príncipes que cativam o meu fascínio: sua juventude, sua lealdade ao povo. A promessa do líder que, um dia, podem se tornar. São a próxima geração de governantes e, ao matá-los, eu mato o futuro. Do jeito que a minha mãe me ensinou.

Seguro a mão de Kahlia.

— Você pode ficar com a rainha. Eu não tenho interesse no passado.

Os olhos de Kahlia se iluminam. O olho direito exibe o mesmo tom de safira do mar de Diávolos que eu conheço muito bem; mas o esquerdo é de um amarelo untuoso que mal se diferencia do branco, mas que brilha com uma felicidade rara. Se ela roubar um coração no décimo quinto aniversário, com certeza ganhará a clemência da raiva eterna da minha mãe.

— E você fica com o príncipe — diz Kahlia. — O do rosto bonito.

— O rosto dele não faz diferença. — Solto a mão dela. — É o coração que eu quero.

— Tantos corações… — A voz dela soa angelical. — Daqui a pouco você vai ficar sem espaço para enterrá-los.

Umedeço os lábios.

— Talvez — digo —, mas uma princesa precisa de um príncipe.


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