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Fantasia Prévias

Garota, Serpente, Espinho: tudo sobre a pré-venda + leia o primeiro capítulo!

Escrito por Melissa Bashardoust, o livro é uma fantasia em volume único.

Se você ainda não conhece a história, Garota, serpente, espinho (título original: Girl, serpent, thorn) conta a história de Soraya, uma princesa com o toque amaldiçoado. Ele foi descrito pela Kirkus como um “fascinante conto de fadas feminista” e é a leitura perfeita para quem ama livros cheios de emoção, com muita magia e romance.

A edição da Literalize tem 432 páginas impressas em papel amarelado, guardas coloridas e capa dura. O lançamento oficial é em 18 de abril de 2023. Continue lendo este post para saber mais detalhes sobre a edição, os brindes da pré-venda e ler o primeiro capítulo do livro!

Leia a sinopse completa:

ÀS VEZES, A PRINCESA É O MONSTRO

Por todo o reino havia histórias sobre uma princesa com o toque amaldiçoado. Para Soraya, escondida de todos a vida inteira e segura apenas dentro de seu golestão, essas histórias são a realidade.

Entretanto, com o casamento de seu irmão gêmeo cada vez mais próximo, Soraya precisa decidir se está disposta a sair das sombras pela primeira vez na vida. De um lado, nas masmorras do palácio, existe um demônio com as respostas que ela busca, uma maneira de se tornar livre. Do outro, está alguém que não teme sua maldição, mas que olha para a princesa com compreensão e curiosidade.

A princesa achou que sabia qual caminho seguir, mas suas escolhas levam a consequências inesperadas. Quando tudo começa a desmoronar, Soraya precisa descobrir quem ela é e o que está se tornando… Humana ou demônio? Princesa ou monstro?

O lançamento oficial do livro é em 18 de abril de 2023 e a pré-venda já está aberta! Conheça os brindes exclusivos da nossa campanha de pré-venda e lançamento:

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Disponível em breve.


Ainda não se convenceu? Leia as primeiras páginas do livro:

PRÓLOGO

Todo começo de história é igual: havia e não havia. Há possibilidade nessas palavras, uma chance para a esperança ou para a desilusão. Assim, quando a filha se senta aos pés da mãe e lhe pede que conte a história — que é sempre a mesma —, a parte de que mais gosta é a de ouvir aquelas palavras, porque significam que nada é impossível. Havia e não havia. Ela é e não é.
A mãe sempre conta a história do mesmo jeito, com as mesmas palavras, como se fossem cuidadosamente ensaiadas.

Havia e não havia uma garota de 13 anos que morava numa cidade ao sul de Monte Arzur. Todos sabiam que nunca deviam perambular próximo demais à montanha, porque lá era o lar dos devs — servos demoníacos do Destruidor, cujo único propósito era provocar caos e destruição ao mundo do Criador. A maioria até mesmo evitava a espaçada área de floresta que se espalhava a partir da região sul da montanha. Mas, às vezes, crianças que pensavam ser adultas perambulavam por lá durante o dia — nunca durante a noite — e voltavam gabando-se do feito.
Um dia, a garota queria pôr a coragem à prova e, então, adentrou a floresta. Para provar-se, planejou entrar só o suficiente para quebrar o ramo de uma das árvores de cedro que lá cresciam e trazê-lo de volta. Em vez disso, o que encontrou foi uma jovem emboscada e amarrada numa rede ao chão, implorando por ajuda. Era uma armadilha feita por um dev, disse à garota, dev esse que, se voltasse, iria levá-la como prisioneira.
A garota ficou com pena da jovem e logo encontrou uma pedra afiada para cerrar as cordas da rede. Depois de ser liberta, a mulher agradeceu e então fugiu em disparada. A garota devia ter feito o mesmo, mas hesitou por tempo demais e então uma mão pesada caiu em reprimenda sobre seu ombro.
Aterrorizada demais pela monstruosidade da criatura para correr ou até mesmo gritar por ajuda, a garota olhou para o dev que pairava sobre si. Pensou que seu coração fosse parar de bater por conta do medo e assim poupar o trabalho que o dev teria matando-a.
O dev deu uma única olhada na rede vazia, nos fragmentos de corda e na pedra que a garota segurava, e então soube o que tinha acontecido.
— Você roubou algo que era meu — disse num rosnado contido. — Então agora vou roubar algo de você;
A garota pensou que a criatura se referia à vida dela, mas, em vez disso, o dev amaldiçoou sua primeira filha, tornando-a venenosa, pois assim qualquer um que a tocasse morreria.

A essa altura, a filha sempre interrompe a mãe e pergunta: por que a primeira filha? Não precisa nem dizer que está pensando, com inveja e um pouco chateada, no irmão gêmeo. Dá para ver em seu rosto.
E à pergunta a mãe sempre responde que os devs são misteriosos e injustos, compreendidos apenas por seus semelhantes.

Depois, o dev permitiu que fosse embora e a garota, por sua vez, correu direto para casa, relutante ou incapaz de relatar o encontro a qualquer pessoa. Queria esquecer a maldição rogada pelo dev, fingir que nunca aconteceu. Além disso, muitos anos se passariam até que tivesse qualquer filho com que se preocupar. Com o tempo, conseguiu esquecer a maldição — ou quase.
Anos se passaram e, mais crescida, foi escolhida pelo shah de Atashar para ser sua noiva e rainha. Nada contou a ele sobre a maldição do dev. Ela própria mal pensava a respeito.
Foi somente quando seus filhos — gêmeos, um menino e uma menina — nasceram que se lembrou daquele dia na floresta. Mas então, é claro, já era tarde demais, e assim, três dias após o nascimento, descobriu que o dev falara a verdade. Na manhã daquele terceiro dia, a ama de leite abaixou-se para alimentar a pequena — mas, no momento em que sua pele tocou a da criança, caiu dura no chão, morta.

E é esse o motivo de a mãe sempre aceitar contar essa história à filha, de novo e de novo. Afinal de contas, não quer que se esqueça da importância de tomar cuidado e nunca deixar de vestir as luvas, para garantir que a filha nunca toque outra pessoa. Não quer que seja imprudente, como um dia ela própria foi, quando tinha apenas 13 anos e vagou fundo demais na floresta.
Nesse ponto da história, a filha sempre olha para baixo, para as mãos protegidas pela luva, e tenta se lembrar da ama, que morreu por sua culpa. Havia e não havia, ela lembra a si mesma. É só uma historinha.
A menina quer subir no colo da mãe e deitar a cabeça em seu peito, mas não o faz. Nunca faz.
Porque não é só uma historinha.


CAPÍTULO 1

Em cima do telhado de Golvahar, Soraya quase conseguia acreditar na própria existência.
O telhado era um lugar perigoso, um luxo doloroso. Parada na borda, era quase capaz de ver o jardim, exuberante e belo como sempre, que se espalhava pela fachada do palácio. Mais além, porém, depois dos portões de Golvahar, ficava o restante do mundo, muito maior do que ela conseguia imaginar. Uma cidade cheia de cidadãos rodeava o palácio. Levando ao sul, havia uma estrada que descia pelo deserto central, chegando a outras cidades e províncias, e assim por diante, até a fronteira final de Atashar. Além de lá, havia mais reinos, mais terras, mais pessoas.
Do outro lado do telhado, conseguia ver a árida área de floresta e o temível monte Arzur na direção noroeste. Para cada lado que olhava, havia sempre mais e mais, montanhas e desertos e oceanos, montanhas e vales e assentamentos, tudo se estendendo pelo infinito. Essa grandeza deveria fazer Soraya sentir-se pequena e sem importância — e às vezes era o que acontecia; nessas ocasiões, acaba tendo que voltar com os dentes rangendo e as mãos cerradas. Na maior parte das vezes, porém, ficar ali sozinha, perante o céu aberto, fazia com que se sentisse livre e desimpedida. Daquela altura, todos pareciam pequenos, e não apenas ela.
Mas hoje era um outro dia. Hoje, estava no telhado para assistir ao cortejo da família real ao longo da cidade. Hoje, nem sequer existia.
A família real sempre chegava logo antes do primeiro dia da primavera — no primeiro dia de um novo ano. Para cada estação, tinham um palácio numa província diferente, o que era melhor para ficar de olho nos sátrapas que governavam as províncias em nome do shah. Mas, embora Soraya fosse irmã do shah, nunca viajava com eles. Ficava sempre em Golvahar, o mais antigo dos palácios, porque era o único deles com cômodos atrás de cômodos e portas atrás de portas. O lugar perfeito para esconder alguma coisa — ou alguém. Soraya vivia sob as sombras de Golvahar para que sua família não precisasse viver às sombras dela.
Visto de cima, o cortejo lembrava um fio dourado e reluzente desenrolando-se pelas ruas da cidade. Liteiras douradas transportavam as mulheres nobres, incluindo a mãe de Soraya. Montados a cavalo, os elegantes soldados vestiam armaduras douradas e eram liderados pelo aspabedes, o general de maior confiança do shah, com rosto desgastado sério como sempre. Na retaguarda, eram seguidos por camelos dourados, os quais carregavam os pertences da família real e da alta nobreza que viajava na companhia da corte.
E à frente do cortejo, cavalgando sob a imagem do majestoso pássaro verde e alaranjado que sempre servira como estandarte da família, ia Sorush, o jovem shah de Atashar.
Luz e escuridão. Dia e noite. Às vezes até mesmo Soraya esquecia que ela e Sorush eram gêmeos. Mas, de acordo com os sacerdotes, o Criador e o Destruidor também eram. Um nascido da esperança e o outro, da incerteza. Soraya se perguntava quais dúvidas tinham passado pelos pensamentos da mãe enquanto dava à luz a filha.
Lá embaixo, nas ruas, o povo comemorava conforme o Shah e os cortesões jogavam moedas de ouro para a multidão. Soraya entendia o motivo das pessoas o amarem tanto. Sorush brilhava sob a luz da exaltação, mas o sorriso em seu rosto era humilde; sua postura, relaxada quando comparada à rígida e formal do aspabedes. Havia muito Soraya tinha parado de imaginar como seria cavalgar junto da família de um lugar a outro, mas seu corpo ainda a traía; suas mãos agarravam o parapeito com tamanha força que os nós dos dedos doíam.
À medida em que o cortejo avançava pelos portões do palácio e adentrava o vasto jardim de Golvahar, Soraya conseguia enxergar melhor os rostos. Com um sorriso, notou Ramin vestindo o uniforme vermelho do azatan. Vestia-o com orgulho, com o queixo erguido, sabendo que, como o único filho do aspabedes e seu eventual sucessor, tinha nascido para vestir vermelho.
Ficou feliz ao direcionar o olhar para longe de Ramin, para uma figura cavalgando alguns cavalos atrás dele. Era um jovem com idade próxima e cujos traços estavam indistintos dada a distância, vestido não como um soldado, em vermelho e dourado, mas como um plebeu, numa túnica marrom sem nenhum adereço. Soraya talvez o tivesse deixado passar batido se não fosse por uma coisa…
Ele olhava em sua direção.
Apesar do esplendor do cortejo, da beleza exuberante do jardim e da grandiosidade do palácio adiante, o jovem tinha olhado e notado uma única e obscura silhueta que assistia a tudo de cima do telhado.
Soraya ficou paralisada, surpresa demais para se esconder. Era o que seus instintos lhe diziam para fazer — se esconda, desapareça, não deixe ninguém ver você —, mas um segundo instinto, um que ela pensara ter enterrado muito tempo atrás, a manteve ali enquanto encarava o jovem de volta, enquanto se permitia observar e ser observada. E, antes que recuasse para longe da beirada do telhado e fosse para fora de vista, sem abrir a boca deu duas ordens a esse jovem que viu o que não devia.
A primeira foi um aviso: Não olhe para mim.
Mas a segunda foi um desafio:
Venha me procurar.


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